F A M Í G L I A
Pretti -Preti
Angelo Preti casa-se com Maria Ferroni, provavelmente no início do século XIX e dão origem aos seguintes filhos:
09/04/1829 – Geremia Giuseppe Preti
14/06/1833 – Maria Preti
03/12/1837 – Antonio Maria Preti
08/11/1838 – Luigi Preti
14/09/1840 – Orsola Preti
02/06/1843 – Giuseppa Vittoria Luigia Preti
Luigi Preti nasceu em 8 de novembro de 1838 em Gualtieri, na Emilia Romagna e casou-se com Filomena Tagliavini em 1862 na cidade de Gualtieri. Filomena nasceu em 6 de janeiro de 1839 em Guastala, uma cidade vizinha de Gualtieri.
“Informações descritas por Bruno Gabbi, padre da paróquia de Santa Vittoria e obtidas por Cloves Pretti” – Setembro de 1993.
“Auguri di bene alla stirpe brasiliana dei Preti”
Padre Bruno Gabbi.
Luigi Preti e Filomena Tagliavini deixaram a Itália no dia 20 de setembro de 1876 do porto de Gênova tendo embarcado no navio Colombo e desembarcaram no Rio de Janeiro. Posteriormente pegaram o navio Werneck e desembarcaram, no porto de Vitória, no dia 26 de outubro de 1876. Através do rio Santa Maria chegaram em Santa Leopoldina e se estabeleceram no Núcleo do Timbuí.
Luigi e Filomena vieram acompanhados dos filhos: Girolamo, Giuseppe, Rosa, Irmo e Vittoria. Nasceram no Brasil, Henrique (Enrico) e Drasto (Adrasto).
Em um passeio pela Itália no ano de 2000, Fernando Alfredo Pretti e Ronaldo (Pretti) Bortolini constataram que não existia mais nenhum membro da família Preti morando nas regiões de Santa Vittoria e Gualtieri. Esta informação foi obtida na comune de Gualtieri e confirmada por uma única brasileira moradora da região que muito gentilmente nos prestou muitas informações.
Mais três representantes da família Pretti (Preti) chegaram ao Espírito Santo em épocas diferentes (Aurélia Castiglioni, pg 616); Gio Battista Pretti, 34 anos de idade, agricultor, casado com Martha Fasina, 28 anos de idade, provenientes da comune de Castel Mella, província de Brescia e acompanhados de cinco filhos, Giacomo, Giovanni Battista, Maria, Giuseppe e stefano, em 28 de fevereiro de 1889. Guglielmo Pretti, 41 anos, casado com Pasqua Pretti, 34 anos, vindos da Itália de região desconhecida, acompanhados dos filhos Luigi, Silvio, Guglielmo e Elisa, em 10 de dezembro de 1891. Finalmente Enrico Pretti, 44 anos, casado com Palmira Gonzi 36 anos e os filhos Carina, Ines, Modesta e Oreste, provenientes da comuna de Zibello e província de Parma, em quatro de novembro de 1894. Não sabemos do destino desses representantes da Família Pretti.
Luigi Preti, segundo nosso primo, Jerônimo (Pretti) Zanandréa, cuja mãe era neta de Luigi, veio para o Brasil através de Pietro Tabachi, dirigindo-se inicialmente para Nova Trento, mas não aceitando trabalhar na lavoura, estabeleceu-se na Penha, na época município de Santa Leopoldina e depois Santa Teresa. Luigi tinha vocação comercial e teve a ideia de inaugurar um rancho que servia de descanso e alimentação para os tropeiros. Os animais, também, descansavam, faziam pastagem e os arreios eram submetidos a reparos para prosseguir viagem. Luigi foi sepultado no cemitério de Valsugana, município de Santa Teresa.
Luigi e Filomena tiveram 8 filhos:
- Girolamo Preti (27.09.1863 - 10.10.1943)
- Giuseppe Preti (08.06.1866 - 27.03. 1943)
- Enrico Preti (15.02.1869). Faleceu em Gualtieri ainda criança.
- Rosa Preti (1871)
- Irmo Preti (1873 - 09.12.1910)
- Vittoria Preti (01.08.1874)
- Henrique Pretti, também chamado de Enrico. (22.05.1878 - 01.01.1923).
- Adrasto Pretti, também chamado de Drasto. (14.02.1880 - 30.04.1916).
Obs: Henrique e Adrasto nasceram no Brasil, os demais vieram da Itália com os pais, com exceção de Enrico, falecido antes da emigração para o Brasil.
Estávamos para enviar à gráfica para impressão desta árvore genealógica da Família Pretti, quando foi publicado pelo Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, após um incansável trabalho do Diretor dessa repartição, Cilmar Franceschetto, o livro “Viagens às colônias do Espírito Santo”. Trata-se de um relatório do emissário italiano Arrigo De Zettiry, escrito em 1902, quando esteve percorrendo o Espírito Santo e Minas Gerais, com a tarefa de visitar e conhecer a realidade dos seus imigrantes nesses dois estados. Para nossa surpresa, na página 57 deste livro o seguinte relato do autor:
“ Havia todas as causas para um movimento de revolta popular. Este ocorreu a 31 de outubro de 1877 e tivera como protagonistas os colonos de Nova Lombardia. Na verdade, aquela gente não tinha ideias de violência: desejava apenas retirar-se em massa para Vitória. Mas Franz von Lipp mandou chamar seu chefe, Ferdinando Giugni, e intimou-o a convencer seus companheiros a desistir. A situação estava bastante confusa, sendo estes de nacionalidade italiana e não brasileira. Giugni apresentou-se à direção com todos os habitantes de Nova Lombardia, pedindo bônus de consumo gratuitos ou trabalho nas estradas. Estranhos revolucionários! Pediam trabalho! Von Lipp não cedeu e ordenou a prisão de Giugni. Seus companheiros tentaram libertá-lo e, munidos de bastões e pedras, atacaram a direção e os militares que guardavam o prisioneiro. Os soldados, ajudados por outros brasileiros, repeliram os manifestantes e prenderam quatro colonos: Luigi Pretti, Eugenio Pedroni Giuseppe Rondelli e Anselmo Carichini. Isto foi tudo. Ao comunicar o ocorrido aos superiores, Guaraná declarou que a causa do tumulto fora por falta de pagamentos, que colocava o colono à mercê dos negociantes. O diretor solicitou que não fossem tomadas medidas policiais, uma vez que se tratavam apenas de “reclamações veementes” e pediu que se libertassem os prisioneiros após uma simples prédica paternal...”
“6 DE FEVEREIRO. Na metade do caminho entre Porto do Cachoeiro e Santa Teresa, ainda no território do primeiro município, encontrei o primeiro italiano estabelecido com uma venda naquela localidade, conhecida como Morro dos Polacos, devido a uma antiga colônia de poloneses que ali existiu. Giuseppe Pretti, com sua mulher italiana e 9 filhos, é o segundo filho de Luigi Pretti, um pequeno pai Abraão, empreendedor e corajoso, que serviu de estímulo a todos os seus filhos – 5 homens e 2 mulheres – todos residentes em Santa Teresa, menos Giuseppe. Os outros homens – Girolamo, Irmo, Enrico e Drasto – todos casados, menos o último, são tropeiros, isto é, donos e condutores de animais de carga. Não foi, portanto, a agricultura que fez o bem-estar econômico daquela família numerosa, que se viu obrigada a abandonar completamente o lote que ocupava, pois não rendia nem para o próprio sustento. Aquele lote, localizado na seção de Santo Antonio, situado na estrada onde passarei para ir a Santa Teresa, está desocupado até agora.
O velho Luigi está estabelecido não muito longe dali, com uma venda, uma pequena lavoura de café e cereais e um rancho de tropa. Quando ao longe avistamos a sua casa, multicolorida e limpa, compreendemos logo que lá dentro vive um homem, verdadeiro modelo de colono".
Quando resolvemos pesquisar as origens da Família Pretti (Preti) no Espírito Santo, a nossa intenção era apenas catalogar alguns membros da família, mas à medida que fomos mantendo contato com os parentes, o interesse e a adesão foram estimulantes para produzir algo mais elaborado culminando com a publicação de um livro.
Solicitamos a compreensão daqueles que não tiveram seus nomes aqui publicados por razões diversas, muitos não conseguimos contato, já que a prole de Luigi Pretti e Filomena Tagliavini tornou-se muito grande no Espírito Santo, outros não conseguiram enviar as informações em tempo hábil.
Pedimos desculpas aos erros que, possam ter ocorridos nos nomes das pessoas, datas, identificações, filiações, omissões e prometemos fazer as correções numa próxima edição.
Gostaríamos imensamente que os interessados mantivessem contato para comentários, críticas, sugestões, correções e principalmente para a inclusão de parentes que não tiveram seus nomes publicados nessa edição.
Fernando Alfredo Pretti
Paulo Stuck Moraes
Vitória – Espírito Santo – Brasil
20 de dezembro de 2021
Outra citação sobre o nosso Luigi Preti, no livro do sociólogo italiano e doutor em História Renzo Grosselli que escreveu um belo livro sobre o assentamento dos colonos italianos no Espírito Santo. Trata-se do livro “Colônias Imperiais na Terra do Café”. Página 381.
"La nostra intenzione era proprio quella di catalogare alcuni membri della famiglia..."
O nome da família Preti aparece no território da Paróquia de Santa Vittoria (Gualtieri – Emilia Romagna – Itália) em fins de 1700 representado por Giovanni Preti, proveniente, provavelmente, de território vizinho à região Vittoriense. Giovanni, com mais ou menos 30 anos de idade, casou-se com Orsola Santini, do qual tiveram os seguintes filhos:
28/06/1787 – Barbara Vincenza Maria Preti
12/05/1791 – Angelo Andrea Marco Preti
15/03/1794 – Antonio Preti
05/07/1797 – Giuseppe Prospero Luigi Preti
20/07/1800 – Giuseppe Preti